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Destoxificação

 

 

Em casos de sintomatologia ligeira de overdose, o tratamento com teofilina deve ser descontinuado e deve imediatamente ser feita a determinação dos níveis plasmáticos da mesma. O facto de poder haver uma libertação prolongada desta substância ativa coloca a possibilidade de haver um prolongamento na sintomatologia de intoxicação, o que deve ser tido em conta. [3]

 

As convulsões induzidas pela teofilina tendem a ser resistentes ao tratamento. Apesar disso, as benzodiazepinas, como é que o caso do lorazepam e diazepam, são o tratamento de primeira linha para estes casos. No entanto, também é habitual fazer-se uma profilaxia com fenobarbital em casos de alto risco. Estes casos incluem: [14]

  • Sobredosagem aguda com concentrações séricas de teofilina superiores a 80 microgramas/mL

  • Toxicidade crónica com concentrações séricas de teofilina superiores a 40 microgramas/mL

  • Pacientes com mais de 60 anos ou com menos de 3 anos

 

Apesar de poderem precipitar hipotensão, os barbitúricos têm a vantagem de melhorar o metabolismo hepático da teofilina. [14]

 

Em caso de haver risco de vida, algumas medidas devem ser tomadas, que incluem o controlo das funções vitais do indivíduo, manter as vias respiratórias desobstruídas e fazer o fornecimento de oxigénio, e caso necessário, recorrer a expansores plasmáticos e fazer o controlo do equilíbrio eletrolítico. [3]

 

Perturbações cardíacas que constituam um risco de vida para o indivíduo devem ser tratadas com propanolol intravenoso até normalização do ritmo cardíaco. No entanto, este medicamento não deve ser utilizado em asmáticos, já que pode desencadear broncospasmo grave. Nestes casos, deve ser usado o verapamil. [3]

 

Deve considerar-se fazer hemoperfusão nos seguintes casos: [14]

  • Pacientes sintomáticos com concentrações séricas de teofilina superiores a 90 microgramas/mL em ingestões agudas

  • Pacientes sintomáticos com concentrações séricas de teofilina superiores a 40 microgramas/mL em ingestões crónicas

  • Presença de uma toxicidade com risco de vida

  • Convulsões persistentes

  • Hipotensão que não está a responder ao tratamento

  • Disritmia ventricular

 

Na maioria dos casos, não é necessário recorrer a hemoperfusão uma vez que a teofilina é rapidamente metabolizada. [3]

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