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Mecanismo de Toxicidade

 

 

O mecanismo de toxicidade da teofilina está associado ao seu mecanismo de ação. Como a teofilina tem uma janela terapêutica estreita, por vezes é fácil ultrapassar a dose eficaz e atingir concentrações tóxicas que exacerbam os seus efeitos no organismo, manifestando os sinais e sintomas de toxicidade.

 

Os principais mecanismos de eficácia terapêutica e toxicidade da teofilina passam pelo excesso de catecolaminas endógenas, que podem estimular indiretamente os recetores adrenérgicos β1 e β2 e antagonismo dos recetores de adenosina. O bloqueio da adenosina pode reduzir a libertação de histamina e indiretamente reverter o broncospasmo. Para além disto, elevados níveis de teofilina inibem a fosfodiesterase, resultando na elevação de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) e consequente estimulação adrenérgica.

 

São considerados tóxicos teores de teofilina superiores a 20 µg/mL, no entanto podem também ser observados efeitos adversos em concentrações terapêuticas. As complicações estão associadas ao seu mecanismo de estimulação de recetores adrenérgicos e incluem, em casos mais severos, arritmias cardíacas, convulsões e morte numa concentração superior a 80 µg/mL. Em caso de exposição crónica, estes valores podem ser menores (40-60 µg/mL).

 

A teofilina afeta vários sistemas, como o sistema cardiovascular, o sistema nervoso central, pulmonar, gastrointestinal, muscular e esquelético, e sistemas metabólicos. Após overdose aguda é comum ocorrer hipocalémia, hiperglicémia, hipercalcémia, hipofosfatémia e acidose. [16]

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